sábado, 4 de outubro de 2014

Jesus, Sua cruz, Seu amor demonstrado. Tinha de ser assim?

Entender a cruz de Cristo é entender o plano salvífico de Deus; entender o plano salvífico de Deus significa compreender o real motivo de aqui estarmos, neste mundo de efemérides e que, a qualquer momento, num abrir e fechar de olhos, alguém vai gritar: "senha 7.654.345" e é a sua; aí, "aqui jaz". É claro que, por mais que tudo esteja tão ruim e tão adverso, que ninguém quer ter a sua senha chamada, esperamos que as coisas possam vir a melhorar e esta esperança é que nos dá forças para continuar.

Mas, mais dia menos dia, vamos embora mesmo... A questão é: "para onde?"

Só há duas possibilidades, segundo as Escrituras Sagradas... Céu ou Inferno.

O que é o Céu? Um lugar? O que o inferno? Outro lugar?

Quando estamos em algum lugar agradabilíssimo, usamos a expressão: "parece que estou no céu".
Ao contrário, quando estamos envolvidos por situações desagradabilíssimas, então dizemos: "que inferno!"

Ou seja, identificamo céu e inferno como lugares e situações se contrastam entre o bem estar e o mal estar.

Espero em Deus que você compreenda que Cristo veio, para que través da cruz, nós obtivéssemos a certeza de, após a iminente morte, nós irmos para uma eternidade de momentos em que só haverá paz, justiça e alegria no Espírito Santo... Este é o Céu que Ele veio trazer para nós, e onde deseja que para sempre, com Ele, nós habitemos. Este é o convite Dele: "Quem quiser vir após Mim (para o meu Pai e o vosso Pai, o meu Deus e vosso Deus, para as moradas eternas que estou indo preparar para vós), negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz e siga-me (para o Céu) que está preparado para os os que aceitarem Meu convite, desde antes da fundação do mundo. Disse: "Vou deixar o Espírito Santo (Da Verdade, o Consolador) para orientar vocês através da Igreja, todos os dias da vossa vida... Para vos convencer desta realidade na expectativa de que aceitem a MINHA PALAVRA... É tão verdade isto que lhes digo, que Céu e Terra passarão, mas as minhas palavras não passarão,

Portanto, "Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e, siga-Me"

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Livro - felosofia




LOSOFIA



1ª edição – Jan/2011





NELSON DE CASTRO RODRIGUES






À minha amada esposa,
 Andréia










Os religiosos
Na faculdade de Teologia, ouvi, algumas vezes - e ainda ouço de alguns crentes - que a Filosofia é um estorvo à fé. Como o estudo filosófico está diretamente ligado à razão (cognoscível) de forma preconceituosa - emitindo juízos impensados - chegam ao ponto de citarem mesmo as Escrituras: “A sabedoria deste mundo é humana, animal e diabólica”.  Alguns, no entanto, reconhecendo na filosofia algum valor, postulam que esta pode até se tornar uma serva da Teologia.
O preconceito que se infere destas assertivas, no mínimo precipitadas, (muito embora defendida às vezes com certa razão) pode ser deduzido de um desconhecimento, ou rejeição ao conhecimento) da inerência que a mente, e, portanto, a reflexão filosófica, exerce sobre o homem como um todo. O homem não é somente espiritual, é também mente, (gr. psique, = alma). Afora isto, não podemos deixar de reconhecer a gama filosófica que permeia as Escrituras Sagradas. Há livros específicos, de cunho espiritual é claro, mas que são verdadeiras reflexões humanas traduzidas pela ânsia de se procurar entender o porquê das coisas de forma racional. Um exemplo deles é o Livro de Eclesiastes ou Pregador; outro, o livro de Jó. Não podemos deixar de reconhecer que os temas ali abarcados, e a maneira como são inquiridos, se nos apresentam de forma puramente filosófica, ou seja, vemos Salomão investigando a vida destacando como o homem não consegue ser feliz quando sua busca é dirigida somente às efemérides. O próprio apóstolo Paulo, ao saber desta tentativa frustrada do homem, afirma: “Se eu pregar a Cristo somente para resolver os problemas desta vida presente serei o mais miserável de todos os homens”.
A postura do teólogo “religioso”, obviamente, exige que espiritualidade, misticismo, transcendência, etc., sejam de fato compostos de um todo divinal e que não cabe juízo de razão nas questões relativas à fé, porém, a falácia aqui é que razão, alma, mente, ponderação, raciocínio agregados ou não, podem ser dispensados deste todo.
Muitos, que agem como se a mente pudesse ser dispensável, tendem ao fanatismo; a um estado de torpor espiritual. Sendo assim achados, tornam-se objetos de manipulação de líderes que “em nome de Deus” os utilizam até mesmo como homens bombas que reivindicam para si o “privilégio” de morrer pela obra de seu deus. Estas ovelhas que não têm pastor ignoram que Isaías 26: 3 relata: “Bem aventurado aquele cuja mente (razão) está firme em Ti (Deus) pois espera em Ti. Ou seja, aquele que tem o seu pensamento cativo ao Espírito de Deus, do Deus Onipotente, descansa Nele e sabe que pode confiar sua vida a Ele, e que nunca terá sua vida física, mental, psicológica, requeridas, e sim seu coração, sua fé, seus sentimentos: “Filho meu, dá-me o teu coração”.
Quando o Senhor falou a Abraão pedindo que oferecesse seu filho em sacrifício, ao ver que este desceria o cutelo sobre Isaque bradou: “Abraão, Abraão, não faças tal...”, e providenciou o cordeiro que estava preso num arbusto, ou seja, Deus, ao invés de aceitar o sacrifício humano, providenciou o cabrito que, em figura, representava o próprio Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Neste contexto, ainda, fica a mensagem: “Misericórdia eu quero e não sacrifício”. “Todos os animais da terra não são meus?”. Continua dizendo que aquele que mata um animal para oferecer em sacrifício é como um feiticeiro. Fica pois estabelecido pelo contexto bíblico que Deus não aceita ofertas de animais, mormente após o sacrifício santo, eterno e puro de Seu próprio filho Jesus – o Cordeiro.
Revelar a tônica das Escrituras Sagradas às vítimas destes fanatismos cegos e irracionais constitui-se nobre tarefa confiada àqueles que foram chamados por decreto do Senhor Jesus: “Indo e pregando”.
Mas, por que estão cegos?
Porque o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de Deus.
E como poderiam se livrar desta cegueira? Examinando as Escrituras, “porque são elas que de mim testificam e encontrareis nelas a vida eterna”. O fato importante é que aquele que recebeu a luz do Evangelho, por meio do Espírito Santo, e que possui esta Verdade em si, tem obrigação de levar esta mensagem de salvação e fé a todo o mundo. Paulo diz: “Me é imposta esta obrigação, e ai de mim se não pregar este Evangelho”.
 Como um cego poderá guiar outro cego? Ambos cairão na cova, afirmam as Escrituras
Destarte o que nos resta (nós que vemos) é tomar a mesma atitude que tomou Isaias, que ao ser arguido pelo Senhor disse: “Eis-me aqui, envía-me a mim”.
Examinando as Escrituras veremos que Jesus atacou duramente a religiosidade cega constituída de normas superficiais que serviam apenas para manter tradições humanas, e destaca que a verdade intrínseca deveria ser a principal busca do homem, “porque Deus ama a verdade no íntimo”, diz o salmista. Enfatiza ainda que: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Por isso mesmo condenou o farisaísmo (vida de aparência) cuja preocupação maior era andar com longas filacterias e receber cumprimentos nas praças amando também os primeiros lugares nas sinagogas. Mas Jesus, que bem os conhecia disse: “Façam tudo o que eles vos observam, mas não andeis em conformidade com as suas obras, porque eles dizem (ensinam), mas não praticam”. E acrescentou: “Vós sois sepulcros caiados, por fora belas lápides, por dentro, ossos podres”. Misericórdia! Que Deus nos livre destes desejos farisaicos e nos dê o mesmo sentimento de João Batista: “É necessário que eu diminua, para que Ele cresça”.

A verdade em pauta
Como a verdade materialista, física, natural, corpórea constitui uma realidade inconteste, afirma que nada podemos contra esta verdade se não pela ‘outra’ verdade. Qual? A verdade espiritual, intrínseca, latente e que reina sobre toda e qualquer outra verdade. Esta verdade que o homem procura, para que seja em todos os sentidos liberto, é aquela verdade que só pode ser encontrada através da fé; da busca por Aquele que a detém: melhor ainda, através da busca por aquele que disse: “Eu sou a verdade”, e este é Cristo: “Eu sou o caminho a verdade e a vida, e ninguém vem ao Pai se não por mim”.
O escritor do livro de Hebreus, em poucas palavras define o importante amalgama que existe entre razão e fé quando insere a verdade como o mais importante ingrediente desta liga: Está em Hebreus 11: 1: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem”. Essa fé, esse vislumbrar do invisível, no entanto, deve ser envolvido por uma concepção racional nos cultos de adoração, ou seja, o adorador deve estar totalmente cônscio do que está fazendo; deve estar em perfeito equilíbrio emocional, psíquico, donde se concluí que qualquer adição que busca a desestabilização, (como a inserção de chás, alucinógenos e rituais de danças com ingestão de bebidas alcoólicas e consumo de tabagismo, etc) enfim, que tonteiam e amortecem os sentidos, devam ser totalmente rejeitados. Pense bem: se não podemos tomar meio copo de cerveja antes de dirigir, por que então devemos ingerir líquidos e nos submeter às condições que desalinham nosso raciocínio num culto de adoração? Não é isso o que a Palavra de Deus nos recomenda; ao contrário, diz: “Apresentem os corpos de vocês em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional”. Um corpo cheio de álcool ou qualquer substância alucinógena será santo? Um corpo que é manipulado e que serve de joguete estará “vivo”? Estará ciente de seus atos?
Em outras partes do contexto bíblico o tema “Mente” é exaustivamente tratado. Em um destes, Paulo ressalta sua importância para a renovação de nosso próprio estado psicológico: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (da vossa mente; da vossa razão). Aludindo ainda este tema “mente” observa que é bem aventurado, feliz e que está descansado e, portanto, em plena paz, todo aquele que está inteiramente satisfeito com sua própria maneira de pensar, porque o seu pensar o seu agir e o seu falar estão ligados em Deus. Repetindo o verso: “Bem aventurado aquele cuja mente está firme em ti, porque ele espera em Ti” (Is 26 : 3). Quando ressalta sobre união entre cristãos, e, afim de mostrar o caminho para a conquista desta tão almejada paz, faz convite a que todos tenham “o mesmo pensamento que houve em Cristo Jesus”; pensamento que se dá na mente, mas que antes passa pelo coração. Quem faz este exercício de fé e amor a Deus - amor este demonstrado exatamente pelo fato de estar buscando ao Senhor  - recebe como prêmio um poder que emana do Criador e que é outorgado por Jesus: o poder de possuir a mente de Cristo. Por isso disse: “Todo o poder me é dado no céu e na terra e dou a quem eu quero”.  Receber  este poder se constitui um  privilégio tão grande que Ele mesmo destaca: “Quem quiser se orgulhar, orgulhe-se nisto, em me conhecer e saber que Eu sou o Senhor”. Receber  esta condição na mente é o mesmo que receber a condição de discernimento espiritual que Deus possui. Está bom para você? Por isso ressalta: “E todo o vosso corpo, alma (mente) e espírito, sejam conservados de forma irrepreensível.
Os livres pensadores
Da mesma forma que muitos religiosos desprezam o conhecimento racional julgando que na vida espiritual não há lugar para a razão, da mesma maneira muitos são os “intelectuais” que também, porém, por razões diferentes, não admitem a intervenção do místico como resposta às questões da materialidade.
É de amplo conhecimento, no entanto, que os cientistas das áreas médicas têm divulgado que a recuperação de pacientes que professam algum tipo de fé é muito mais eficaz - respondem muito melhor aos tratamentos - do que aqueles que se mostram incrédulos, ateístas e materialistas. Aliás, não são poucos os profissionais da saúde, e instituições clínicas, que não dispensam um tratamento simbiótico para seus pacientes, justamente por testemunharem esses fatos. Encontramos nas Sagradas Escrituras suporte para estas afirmações quando lemos sobre a doença do bom rei Ezequias, (2 Reis 20: 1-7). Isaías, o profeta, receitou o seguinte procedimento: “Então disse Isaías: ‘Preparem um emplastro de figos’. Eles o fizeram e o aplicaram na úlcera; e ele se recuperou”. O que sugere este texto? Que tratamento medicinal aliado à fé dá excelentes resultados.
 Outra passagem bíblica nos mostra um famoso general, Namã, em busca de cura para sua lepra. Ele mesmo ficou surpreso ao ouvir do profeta Eliseu que deveria se banhar sete vezes no rio Jordão; retrucou: “Achei que ele colocaria as mãos sobre a minha cabeça e oraria ao seu Deus e eu seria curado” (procedimento exclusivamente espiritual).  Esta passagem é capaz de nos remeter a inúmeras lições, porém, neste momento queremos destacar que este texto nos ensina que paralelamente às nossas orações e clamores de fé, que podemos (e devemos) abraçar os cuidados clínicos daqueles que juraram segundo Hipócrates. Mostra ainda, obviamente, que estes profissionais da saúde, apesar de seu conhecimento, habilidade e tecnologia, devam reconhecer sua capacidade limitada diante do “Médico dos médicos”. Para encerrarmos (esta deixa) lembro a recomendação de Paulo quando ao escrever para Tiago (5: 14) orienta: Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja para que estes orem sobre ele (atitude de fé, patente), e o untem com óleo, (atitude física; da razão, latente) em nome do Senhor. Fica, pois, evidenciado que Deus dá ao homem o privilégio de se associar ao seus processos de cura. Neste patamar o que ainda podemos verificar é que inúmeras curas são efetuadas por mera sugestão; e por confissão de culpas e perdão àqueles que de alguma forma nos fizeram algum mal. Num outro espaço poderemos voltar a este assunto, “cura através da mente e da fé”.
Por que razão e fé são de fato inseparáveis?
 “Porque soprou Deus nas narinas do homem e ele foi feito alma vivente”. Este sopro foi a doação do pneuma (gr. aspiração, ar, espírito) à psiquê (gr. alma, mente, razão). Sem o sopro do Criador o homem é apenas e tão somente um corpo em movimento: sem esperança, sem  sentido, sem alegria, sem expressão espiritual, sem fé, sem referência, sem graça, sem paz. Muito embora Deus tenha soprado a vida espiritual no homem que criara, este espírito adormeceu nele devido o pecado; sendo assim tornou-se um ser sem vida, sistemático, mecânico, apático. O Senhor Jesus nos mostra este estado mórbido da humanidade quando faz a seguinte observação àquele que pedira que esperasse um pouco, antes de segui-Lo, porque iria primeiro enterrar seu pai. Disse Jesus: “Deixa os mortos enterrarem seus mortos; vem e siga-me”. Ou seja: deixa os mortos-vivos enterrarem seus mortos-mortos; deixa aqueles que estão vivos neste corpo animal, mas mortos em seus corpos espirituais, enterrarem seus mortos sob todos os aspectos. Ao fazer alusão a este fato, clama: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentro os mortos e Cristo te esclarecerá”. Desperta livre pensador, desperta religioso, desperta “homem bom”; desperta intelectual; desperta filósofo...

O caminho das pedras
Não desejamos ressaltar o que pode estar acontecendo com você sem que nos proponhamos a dar o “caminho das pedras” que resulte na resolução destes percalços. Queremos que você atravesse os terrenos inóspitos das interrogações mil, e que seja transportado para o reino do filho do amor de Deus, de forma segura, isto é, pela fé, porém, pela consciência também.
E o que recomendamos para que assim suceda?
Recomendamos que você faça prova de Deus. Que tipo de prova? Não da do tipo de que “se eu ganhar na loteria eu crerei nele”. Mas daquela que o remeta de imediato a um coração quebrantado e contrito, porque “a um coração quebrantado e contrito, não desprezarás ó Deus”. Em outras palavras, que você inicie sua busca por Deus (que se deixa achar) com uma atitude humilde, deixando seus “achismos” de lado, e batendo à Sua porta. Assim, comece lendo a Bíblia e perguntando a Ela o que tem para lhe dizer. Você ficará gratamente surpreso com as respostas que Nela haverá de encontrar. Dizer o que é certo e o que é errado só nos remeterá à mesma subjetividade que os Pensadores intentaram e que convergem na maioria das vezes. Mas com Deus, afirmo-lhe (muita embora minha afirmação nada deva significar para você, mesmo porque muitos querem se achar donos da verdade) que encontrará luz nas trevas. Está escrito: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz para os meus caminhos” (Salmos 119: 165).
Encontrando a Cristo
E como posso ter este contacto com Cristo? Pelo espírito chegamos a Deus, pela fé, pois o “Espírito de Deus se comunica com o nosso espírito (e também com a mente) e nos revela que somos filhos de Deus, por seu Filho, Jesus Cristo. Esta revelação será alcançada quando adentrarmos no mundo espiritual por meio da fé: e a porta de entrada é Cristo: “Eu sou a porta e quem entrar por mim, entrará e sairá e achará pastagens”. O que ocorre, no entanto, é que a fé não é algo que o homem possa gerar em si mesmo, ele depende de Deus para obtê-la, assim, “quem não tem fé, peça a Deus que a todos dá liberalmente”. Mas alguém dirá: Sou um pecador terrível que não acredita em nada... “A fé é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém  se glorie”. E como esta fé pode ser sustentada, dada, acrescentada? “A fé vem pelo ouvir e pelo ouvir da Palavra de Deus”. Quando o homem se dispõe a buscar, a crer, a ouvir (ler), então a um coração quebrantado e contrito, não desprezará ó Deus. Quando diz;  eu creio, ao crer, recebe fé, se aproxima de Deus e O agrada: “Sem fé é impossível agradar a Deus”.
Sabemos que para muitos livres pensadores, declinarem-se sobre a fé se tornará numa espécie de paradoxo, de atitude inconcebível e que vai contra a todo tipo de tônica filosófica, de loucura mesmo, já que a filosofia pueril foi gerada, exatamente pela condição de se abandonar todo e qualquer laço com a religião. O que a história nos mostra, no entanto, é que muitos filósofos – e poderíamos listar aqui um sem número deles – só encontraram algum tipo de explicação lógica para suas indagações quando admitiram a existência de Deus. É bem verdade que a Ele deram muitos nomes e o desligaram daquele Ser divino como as religiões o rotulam, mas, reconhecendo-O ou não, nem por isso deixará de ser Deus.
Deus quer você
Deus está em busca de adoradores que O adorem em espírito e em verdade, ou seja,  que o adorem por meio da fé, porém, fazendo uso da razão e sabendo o que está fazendo e a quem está adorando. Paulo, cheio de razão diz:  “Eu bem sei em quem tenho crido, e sei que é poderoso para guardar o meu depósito até o dia final”. O que quer dizer a expressão “bem sei?”. Significa que, não cegamente, adora a um Deus que se relaciona com todo o seu ser, não somente com o seu corpo espiritual, mas também com seu corpo físico, e com seu corpo psicológico (mente; alma).
 Receita pronta?
Sabemos que não são poucas as correntes “filosóficas”, esotéricas, espiritualistas, entre outras, cuja tônica não seja a de fornecer as denominadas “receitas prontas” de sucesso e de prosperidade financeira. O alcançar de todos os sonhos, de todos os objetivos, de todas as realizações dependerá do fortalecimento do EU, da atitude otimista, da repetição de palavras positivas defronte ao espelho, das meditações debaixo de armações piramidais com som de água a deslizar sobre pedras, música instrumental de fundo e incenso aromático espalhado pelo ar. Outros defendem a clausura, os mantras, a crença e o contato com seres de outros planetas ou ainda a comunicação com aqueles que já nos deixaram.
É claro que esta postura alto astral poderá contribuir para certo ânimo do nosso sistema psicológico e atinge é óbvio a mente, porém, o que fazer ou a quem buscar quando toda tentativa de autoajuda falha? A quem recorrer quando nenhuma filosofia ou resposta nos satisfaz plenamente? Onde estará residindo, de fato, o problema dessa falta de contentamento com a vida que estamos vivendo? A quem gritar após ter tentado de tudo em todos os lugares e essa tristeza inexplicável insiste em se assenhorear de mim? Se um vazio permanece, se uma vontade louca de chorar perdura; como me livrar disso?
Vamos gritar como o famoso personagem da televisão: Quem poderá me socorrer? É certo que não será o Chapolin Colorado.
Você está se sentindo como se estivesse no fundo do poço? Seja bem vindo às fileiras daqueles que assim se sentiam até que um dia...

Sem “pré-conceito”
Muitos erros são cometidos porque não pesquisamos, nos trancamos em nossos mundos de tradições e preconceitos e não aceitamos que nos digam o que fazer: “Examinai tudo e retende o que é bom”; “Vós errais por não conhecerem nem as Escrituras e nem o poder de Deus”. Que luta teve o fugitivo da caverna de Platão para querer persuadir os prisioneiros a se libertarem do seu mundo de sombras e ilusões, de tão acostumados que estavam com aquela “realidade” deles. Se o cristianismo foi platonizado ou se Platão foi cristianizado isso não vem ao caso, o que importa é que estamos sim, vivendo de ilusões – e deixamos isso muito claro – quando deixamos que nossas aspirações humanas, terrenas, materialistas, físicas, substanciais, etc., nos cegam em relação ao mundo metafísico, transcendental, subjetivo, ou seja, espiritual.
Temos de nos lembrar que a exemplo da “teia de aranha” de Parmênides de Elea (544 – 450 a.C.) que, enquanto matéria, habitamos na teia, e cada retângulo dela, representa um indivíduo físico que está inserido no tempo e ocupa um lugar no espaço, o ente. Porém, como  a “aranha” (que teceu a teia), ou seja, como “Ser Uno”, podemos transcendê-la. Como? Pela fé.
Um dos maiores pensadores de todos os tempos, o filósofo, cientista, matemático, inventor da máquina de calcular (entre outras coisas) o intelectual Blaise Pascal (1623 – 1662) disse: “O coração possui razões que a própria razão desconhece”. Disse ainda que o homem só conheceria a real felicidade se apostasse no cristianismo sua vida inteira: se ganhasse, ganharia tudo, e, se perdesse, não perderia nada, continuaria na mesma situação em que já se encontra. Tal filosofia – de Pascal – ficou famosa como “A aposta de Pascal”.
Há liberdade de escolha?
Um dos mais desafiantes temas - posto em debate pela mente racional, ou seja, pela Filosofia - é a questão da liberdade. Somos ou não livres? Somos ou não “donos de nossos narizes”? Fazemos ou não aquilo que queremos? Traçamos ou não o nosso caminho livremente? Somos ou não responsáveis por nossas ações?
A grande dificuldade de muitos admitirem a existência de Deus reside no fato de não aceitarem que haja alguém no comando. Não recebem com satisfação a idéia de serem “aprisionados” a um “sistema” espiritual; ou seja, de se renderem a um Deus invisível e que não se mostra à razão. Em suas conjecturas deixam transparecer que só admitirão Deus “se eu tocar no cravo das suas mãos, se eu colocar o dedo no furo da lança, se eu o ver”. E assim os “Tomés” de plantão se levantam e travam terríveis conflitos dentro em si, justamente porque não podem per si, compreenderem que ser livre é exatamente, paradoxalmente à razão, se deixar prender pelas cordas do amor de Deus. Ou seja, admitindo seu senhorio e se rendendo a Ele pela fé. É complicado? Parece loucura? Paulo diz que “aprouve a Deus, salvar os crentes pela loucura da pregação.
Desde Heráclito de Éfeso (540 – 470 a.C.) aceitar que exista um Deus criador está fora de questão.
Para o pensador, que morreu enterrado no esterco, Deus (como Controlador) não existe, o que existe é a lei do eterno movimento; destarte, “Tudo flui”. Todo o “processo” envolve os opostos; o mundo é feito de oposições: Só sei o que é frio porque conheço o quente; o que é largo porque tenho noção sobre o que é estreito. Como saberia o que significa o claro se não soubesse o que é escuro. Diz ainda que não existem dois caminhos mas, que um só é o mesmo caminho; por exemplo, o mesmo caminho que sobe a montanha é o mesmo caminho que desce. O Sócrates velho não é outro Sócrates, é aquele mesmo que um dia fora criança e jovem; o processo (neste caso de envelhecimento) ou a lei do eterno movimento é que faz com que o homem de ontem não seja mais o homem de hoje, porque está se transformando, não obstante, é o mesmo homem, daí sua enigmática frase: “Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio”; amanhã, nem o homem, nem  o rio serão mais os mesmos. O rio continua a existir como rio, porém, são outras as águas. O adágio diz: “Águas passadas não movem moinho”. Deduz-se que da lei do eterno movimento de Heráclito, que o relevante é o momento presente. Se alguém disser que o copo está meio cheio e outro que está meio vazio, ambos estarão afirmando a mesma coisa.
Sua filosofia, olhando assim, é particularmente atraente, a questão a ser considerada, no entanto, é que, tendo nascido, o homem certamente morrerá um dia. Se houve um início e haverá iminentemente um fim, temos de aceitar que o sistema – apesar de cíclico e processual – é também fechado. Ou alguém têm dúvidas de que um dia morrerá?
Questão de vida ou morte
Se vivemos num mundo cíclico que se processa e que se movimenta, a pergunta que não quer se calar é: Que ou quem teria colocado toda esta engrenagem para funcionar? Se a causa teve um primeiro causador que causa todas as coisas, e que, por ser primeiro não foi causado por coisa alguma, concluí-se que este causador tenha sempre existido, e se sempre existiu é pontual o adjetivo que a Ele se empresta: Eterno. Ou seja, Aquele que causou (e causa) todas as coisas sem ser causado por ninguém ou por nada, é chamado por Aristóteles e depois por Aquino, de “o primeiro motor”. “Porque nele nos movemos e existimos; somos com Ele, por Ele e para Ele, e sem Ele nada somos”.
Ao refletir sobre a questão em pauta, e sem encontrar satisfatória resposta no campo da razão e da lógica, afirma Aristóteles: “Diante desta Natureza que funciona bem e perfeitamente, é muito mais lógico crer na existência de Deus do que não crer”. Talvez Aristóteles não estivesse aludindo ao Deus “cristão”, talvez ao Absoluto e provavelmente ao Ser de Parmênides, não obstante, o que importa neste momento, é que a razão se declara subserviente à fé.
Parmênides, bem como a filosofia de maneira geral, rejeita que qualquer coisa surja do nada. O que existe só pode existir porque é proveniente de algo que existiu antes. “Nada pode vir do nada”. Considerado por muitos o primeiro metafísico (inclusive por Aristóteles), Parmênides afirma que o que existe é o Ser (não Ser substantivo, não ser “nome”, como Deus, por exemplo), mas, Ser (verbo),  Ser de existir, de estar sendo. Por este raciocínio, tudo o que existe está sendo, está existindo, e se está existindo como ser animal, vegetal ou mineral, deduz-se que todo o Ser é um, daí sua famosa afirmação, “Tudo é Um”. E este é indivisível e indestrutível, e tudo que há só há porque pertence ao Ser. Tanto este Ser substantivo – Deus – ou este Ser – Verbo -, é o Eterno, simplesmente porque nunca deixou de Ser o que É. “Eu era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus”, disse Jesus referindo-Se a si mesmo quando deixou de ser verbo “somente” para receber um corpo físico e que por isso mesmo passou agora a ser um nome: O nome de Jesus. “E não há embaixo do céu e nem em cima da terra nenhum outro NOME pelo qual devamos ser salvos a não ser pelo nome de nosso senhor e salvador Jesus Cristo”. Deus, que antes testificava no céu como sendo Pai, Palavra (verbo) e Espírito, agora se substantivou como três que testificam na terra: Espírito, Água e Sangue. Por ação e obra do Espírito Santo envolvendo Maria (raça humana) torna-se; faz-se Deus também em corpo humano, ou seja, Deus que antes era “apenas” Espírito – porque Deus é Espírito -, acaba por se fazer agora Deus corpo. Como Deus Espírito é o Pai, e como Deus corpo é o Filho. Por isso que Jesus disse: “Eu e o Pai somos UM”.  “E quem não confessa que Jesus Cristo veio em carne, é o anticristo, é aquele que não aceita a ‘loucura’ de Deus. Mas Deus em sua loucura é mais sábio do que a sabedoria dos homens”.
Trocando em miúdos, eu e você existimos porque somos oriundos do Ser. Eu e você tivemos de vir de alguém (nossos pais) que já existiam. O Ser de Parmênides é “primeiro”, e se é primeiro não cabe a pergunta: “Quem vem antes do Ser?” Se houvesse algum ou alguém antes do Ser, então não seria primeiro. Para Heráclito o Ser não existe, o que existe é o movimento, o processo, a metamorfose que culminará, num último estágio; no devir. Neste caso, atingindo-se o Logus, o processo finda, e redunda no Devir que é o Último.
O que estão admitindo os dois pensadores? Que o Ser, ou como “primeiro” - porque nunca houve ninguém antes dele -, ou como “último” - porque depois do último não pode haver ninguém -, “É” e “Será”, mas, “É” e “Será” o quê? O Eterno.
Se não há ninguém antes do primeiro e não pode haver ninguém depois do último, então, ao fechar o ciclo, temos uma continuidade. Temos aquele que é tanto primeiro como último. É fácil de entender isso. Imagine uma fila indiana de vinte crianças: temos a primeira e a última, no caso a vigésima e última. Quando vamos fazer o círculo, a primeira dá a mão para a última; o circulo se fechando temos um contínuo e não haverá mais neste, referência, isto é, todos que pertencem ao círculo são um só circulo. É por isso que Jesus disse: “Pai eu quero que eles sejam um comigo como eu venci e sou um contigo”. Quis dizer: Eu quero que eles, (se vencerem) participem do mesmo círculo, do círculo da vida que não possui nem princípio nem fim. E se não possui princípio ou fim, é eterno. “E esta é a promessa que Ele nos fez: a vida eterna”.
Se Parmênides diz que há o Ser, e Heráclito diz que não, como resolver, pois, este embate? Daí a famosa fala de Hamlet (príncipe da tragédia shakespeareana): “ser ou não ser, eis a questão”. Está indagando o seguinte: Há ou não, o Ser? Se não há, virá a ser? Quando Jesus se declara Filho de Deus resolve de vez esta questão se pronunciando como vindo do PAI, e que por isso mesmo se revela: “Eu sou o primeiro e o último, o princípio e o fim, o alfa e o ômega”. Diz ainda: “Eu sou o que era, o que é, e o que há de vir”.
Somos pertencentes sim a um sistema; com Deus ou sem Ele, isto é, reconhecendo-O ou não.
Como produto de uma Evolução ou como produto do Criador, e considerando, ou não, Deus, como existindo de fato, não há como negar que fazemos parte de um círculo fechado. E sabe quem é o primeiro neste círculo? O nascimento. E o último? A morte.
Jesus disse que veio para vencer a todos os inimigos do homem e para colocar paz e esperança em seu interior: “E a livrar todos os que com medo da morte estavam”, e afirma: “E o último inimigo a ser vencido é a morte”. E Ele venceu, morrendo, ou antes, ressuscitando. “Tragada foi morte na vitória”, houve a vitória, não da cruz, mas a “Vitória na cruz”.
Ao dar as mãos, todos, passamos a fazer parte desta rotina de gerações que vem e que vão.
Sobre este tema ainda, afirma o renomado filósofo, intelectual, escritor e crítico, Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) que disse: “O homem está condenado a ser livre”. Insinua este ateu confesso que o homem está obrigado a executar suas escolhas, independente de optar pelo certo ou pelo errado; pelo dia ou pela noite, pelo raso ou pelo profundo, pelo céu ou pelo mar, pelo mal ou pelo bem, enfim, a escolha é sempre dele. Ou seja, como o homem está obrigado a sempre ter de arbitrar naquilo que sua consciência lhe dirigir, por não poder escolher “que não deseja escolher”, é que o sistema se fecha diante dele. Em outras palavras. Por esta afirmação sartriana, apesar de o homem poder escolher seu caminho livremente, não é livre para escolher não escolher. Não é assim com o voto obrigatório? Não temos de escolher algum candidato? No entanto, não podemos escolher não votar. Assim é com o livre arbítrio: temos de escolher nosso destino. Ninguém, nem mesmo Deus o escolherá por nós.


Qual será a saída?
Podemos escolher deixar Deus escolher por nós
E já que teremos sempre de escolher, a pergunta é: Por que não transferirmos para Deus o nosso poder de escolha?  Que tal, escolher que Deus escolha por nós? Existem momentos em que diante de uma situação não sabemos o que devamos escolher e acabamos por pedir que alguém (cônjuge ou filhos) escolha por nós. Tomando este raciocínio como parâmetro, será que seremos mal assessorados se optarmos pela escolha que Deus fizer por nós? E como saberemos ao certo que a escolha que estaremos fazendo é aquilo que Deus escolheu por nós? Em outras palavras, como saberei que a escolha que fiz não foi uma escolha minha e sim de Deus?
A Bíblia afirma que toda escolha que fazemos é de Deus quando a paz reina em nosso coração. Ela se torna o árbitro, ou seja, possuímos uma capacidade, dada por Deus, de perceber quando fizemos a escolha certa. Tal capacidade recebe o nome de consciência.
De que ajuda, realmente, necessitamos?
Quando compramos livros de autoajuda (e existem excelentes deles) ou do tipo espiritualistas (e circulam por aí excepcionais títulos destes também) e quando participamos de palestras motivacionais ou dinâmicas de grupo, ficamos com a impressão de que se seguirmos aquelas recomendações, seremos, de fato, bem sucedidos; que atingiremos nossos alvos e que aquelas práticas seguidas se tornarão a saída para todos os nossos conflitos.
 Mas não é bem assim, porque não seguimos as recomendações ou porque nos faltou a tal da disciplina. Devido a estas intemperanças ficamos conturbados e nos desanimamos ainda mais porque não cumprimos as exigências. Bate aquele sentimento de fracasso e então, novamente, precisamos recorrer a outras palestras e precisamos de outras “overdoses” de ajuda. Compramos outros volumes, prometemos para nós mesmos que desta vez vamos seguir à risca o recomendado, mas sempre acontece algum acidente de percurso que nos faz fracassar novamente.
O maior problema de todos é quando achamos que está tudo bem
“Porque quando disserem: Há paz e segurança; então haverá repentina destruição”.
 Sabemos que se alguém disser que não tem problemas, que já está com um grande problema. Jesus disse: “No mundo tereis aflições”; e todos aqueles que tiveram a oportunidade de ler ou participar destes eventos sabem que a despeito de toda boa intenção e o envido de todos os esforços dos preletores, para que em tudo se dê jeito, que a frustração se fará presente assim que passar o efeito  daquela overdose de otimismo que nos fora injetada.
É claro que tudo o que se procure ouvir, ler, refletir positivamente, etc., será importante parte para se alcançar o todo, porém, uma parte bem pequena deste todo.
De onde então poderemos extrair o que precisamos para nos tornarmos pessoas verdadeiramente realizadas?
Onde poderemos encontrar a real felicidade?
Jesus disse: “A minha paz vos dou, não a dou como o mundo vo-la dá, e paz que eu vos dou, ninguém poderá tirar”.
Temos nos deparado com muitas pessoas, de todas as faixas etárias, que estão muito descontentes com suas vidas. No ministério pastoral há mais de vinte anos, e ainda como Docente em Escola Pública, isto é, em constante convivência com jovens e adolescentes e mesmo entre os recém convertidos que frequentam  a escola bíblica (geralmente dominical) o que tenho detectado é uma verdadeira multidão de deslocados, cuja noção de valores – morais, sociais, familiares, etc. - há muito foram esquecidos, ou nunca chegaram a possuir. Uma forte razão do comportamento indiferente aos estudos, rebelde e violento, está focalizada justamente, na estrutura familiar.
Basta que busquemos nos informar sobre as estatísticas: pais separados, lares ruídos e casamentos que se desfazem nos três primeiros anos. Diante desta situação toda, o que encontramos é um “bando” de pessoas “que tropeçam e nem sabem no que tropeçam”, diz a Bíblia. Diz ainda que “como cegos guiados por outros cegos, todos se precipitam na mesma cova”. É satisfatório o preparo de nossos instrutores e líderes? No magistério, o que temos visto são  professores, coordenadores e diretores que não possuem instrução, equilíbrio ou experiência nem para eles mesmos, são verdadeiros “dinossauros” oriundos de uma época em que ser professor era a última coisa que se buscava fazer, só quando mais nenhuma opção restava. É claro que não nos cabe aqui generalizações, há muitos apaixonados pela carreira que se dedicam de corpo e alma e que, como nós, acreditam piamente na Educação.
Retornando ao assunto antecedente, quantos não estão vivendo na caverna das desilusões, da depressão, dos traumas, das imoralidades, das drogas, da promiscuidade, enfim, daquilo que as Escrituras sagradas denomina pecado e que Platão (427 – 347 a.C.) alegorizou em seu “Mito da Caverna”?
A tradução da palavra Pecado é literalmente, “errar o alvo”: atira-se uma flecha e erra-se o alvo. Quantos não estão cometendo pecado, isto é, quantos não estão errando o alvo. Erram nas escolhas que fazem: de suas companhias, de seus passeios, de suas preferências sexuais, de suas profissões, de seus projetos de vida... Estão perdidos e não conseguem se encontrarem: “mas o Senhor Jesus veio para resgatar e salvar aquele que se havia perdido”. Talvez muitos julguem que viveram errando sua vida inteira e que por isso mesmo não acreditam que possam ser resgatados da sua vã maneira de se viver; não conseguem crer que possam obter a felicidade de volta, se é que um dia a tiveram. Deus, contudo, nos promete que “o tempo [desperdiçado] pela locusta, pelo gafanhoto, pela aruga e pela lagarta Ele recuperará, mesmo porque um dia na presença de Deus vale mais do que em qualquer outra parte mil”.
 Mediante tantos infortúnios e contratempos, não são poucos os que só têm visto nesta vida motivos para reclamar sobre tudo e de todos: da condição em que nasceram - em que nação, de que cor, em que nível social, em que condição de saúde e não são poucos aqueles que acabam por colocarem a culpa no próprio Deus. Sartre, que já citamos concernente a este tipo de reação e este “pré-destino” que nos fora imposto, disse: “O importante não é saber o que fizeram de nós, mas sim saber o que faremos com aquilo que fizeram de nós”.
Ou seja, não pedimos para nascer, mas nascemos; não pedimos para vir ao mundo, mas viemos; não pedimos para sermos postos nesta ou naquela condição, mas se a condição é esta, o que fazer?  Uma corrente filosófica do primeiro século, o estoicismo, combatida inclusive por Paulo, afirmava que a saída para se obter a felicidade era aceitarmos e adequarmos nossa vida à própria Natureza e aceitarmos tudo com nobre resignação. Mas quem aceita ou se conforma com este mundo vil? O conselho bíblico é bem antagônico: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”. Quem aceita sua “vidinha” frustrada e não quer mover uma palha para mudar seu “destino”, misericórdia. Temos que lutar para mudar o nosso quadro e para isso podemos contar com a ajuda de Deus. Não é porque viemos de uma família pobre que devemos nos acostumar à pobreza. Ou porque todo mundo morre de câncer, em minha família, ao atingir cinquenta anos que eu também vou morrer de câncer aos cinquenta anos. Se ninguém nunca deu certo nos estudos que eu também não vou dar. Se meus pais e antepassados se separaram em seus casamentos que não devo casar porque também me separarei.
Deus quebra maldições
Você pode contar com ele. Ou seja, NADA DE NOS ACOMODARMOS ÁS DESGRAÇAS.
É muito comum as pessoas quererem colocar a culpa de tudo nos outros. Respiram um ar poluído e herdam um mundo degradante e dizem: a culpa é das gerações passadas. É por culpa deles que “pagamos o pato”. Mas Deus, que sabe que o ser humano (sem Jesus) é um colapso total, rebate: “Nunca mais dirão: nossos pais comeram uvas verdes e nossos dentes é que embotaram; isto porque, não pagará o filho pela maldade do pai e nem o pai pela maldade do filho, cada um [individualmente] dará conta a Deus do seu próprio pecado”. Ou seja, você pode ter sofrido muito em toda a sua infância, pode ter sido abusado e carrega consigo muitos traumas. Talvez tenha nascido numa família desestruturada, difícil, etc. saiba, porém, que você não precisa herdar nada de ruim dela. Deus é poderoso para mudar a sua história e dar um basta nas maldições. Quando Jesus estava prestes a curar um cego foi arguido pelos seus discípulos: “Mestre, quem pecou para que nascesse cego, ele ou seus pais?” Jesus lhes respondeu: “Nem ele, nem seus pais pecaram; assim nasceu para que nele se manifestasse a glória de Deus”. O que este ensino de Jesus sugere? Que muitas pessoas podem ter nascidas com algum tipo de deficiência (física, mental, etc.) não porque ele foi desassistido por Deus ou porque herdou maldição de família como muitos por aí dizem, mas porque Deus tem propósito de neste homem ou nesta mulher glorificar o seu Santo Nome e demonstrar o seu poder. Mas alguém dirá: eu não aceito isso. Não aceito que Deus me fez nascer assim ou assado para poder me usar... A Bíblia afirma que Deus tem seus caminhos, seus mistérios e que é soberano em seus projetos: “pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e os meus caminhos não são os vossos caminhos, pois, assim como está distante o céu da terra, assim estão os meus pensamentos, distantes dos vossos pensamentos”.
O Xande
Para elucidar o que afirmamos, permita-me um breve relato. Frequentava determinada igreja onde certa mãe levava a todos os cultos seu filho que tinha nascido com paralisia cerebral. Eram assíduos nos trabalhos da igreja. Concomitantemente ao exercício de sua fé tratavam a criança com especialistas da área médica.  Aquela criança que vibrava quando ouvia a Palavra de Deus nos cultos, levava toda a sua fé e esperança aos outros frequentadores da clínica. Não creio que Deus o tenha feito nascer com paralisia cerebral para que fosse pregar na clínica, porém, não duvido que Deus  não estivesse a manifestar através dele o Seu poder e glória. Que testemunho! Que lição de fé! Outra coisa; eu nunca fui numa clínica como esta para propagar o Evangelho de Jesus, mas o Xande (este é provavelmente seu apelido, diminutivo de Alexandre) está lá, transparecendo a glória e exalando o bom cheiro de Jesus.
Ainda existe uma cruz
Não é fora de questão, também, que Jesus disse: “A porta é estreita e o caminho apertado [somente um de cada vez passa por este caminho; somente um de cada vez passa pelo vão da porta].
O conjunto de música evangélica “Diante do Trono” em um de seus álbuns nos lembra das palavras de Cristo: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua [própria] cruz e siga-me”. Enfatiza o grupo: Ainda existe uma cruz para você - e eu - carregarmos. Alguém disse que ninguém poderá fazer obras semelhantes àquelas que Jesus fez se não quiser “sofrer” [medindo-se as devidas proporções] os agravos que ele sofreu: “Jesus mesmo disse que “se perseguiram a mim, perseguirão a vocês também”; “se não pouparam o pai de família, não pouparão os filhos também”. Sofrer, neste caso, (muito embora seja muitas vezes incompreensível para nós) é um grande privilégio.
Vamos dar uma pequena palavra sobre Paulo mais adiante, sobre seu sofrimento e a maneira como encarava tudo como “marcas de Cristo”. Ao ter escapado de um naufrágio, Paulo é picado por uma serpente enquanto juntava lenha para fazer uma fogueira. Quem viu a cena julgou: “este homem deve ser um homicida, porque a justiça lhe persegue”. No entanto, sabedores de que uma picada daquela víbora era mortal e em poucos minutos tombaria, ficaram atônitos quando permaneceu de pé, e glorificaram a Deus. Após ter pregado e ter ganhado almas para Jesus, foi preso e acorrentado ao tronco com Silas. À meia-noite, julgando que era um privilegiado por estar sofrendo agravos por causa da cruz de Cristo, começou a cantar e a louvar a Deus. Neste momento um grande terremoto rompeu as correntes e abriu as celas. (Se você louvar a Deus mediante a tantas circunstâncias adversas que lhe cerca, Deus pode mandar um terremoto que fará com que todas as portas se abram e todas as correntes se partam).
O carcereiro quis se matar, mas Paulo gritou: não faça isso porque estamos todos aqui. O resultado deste ocorrido é que fora convidado para visitar a casa do carcereiro e teve oportunidade de anunciar Jesus. Então, ao ouvi-lo, perguntou o carcereiro: “O que preciso fazer para ser salvo?” E Paulo, repetindo as palavras proferidas por Josué quando assumira liderança em lugar de Moisés, disse: “Creia em Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”.
Percebe a razão, às vezes, de inúmeras adversidades? Uma porque estamos sendo participantes da cruz de Cristo, cumprindo em nosso corpo o resto de Suas aflições. Outra, porque como resultado dessas situações contrárias aos nossos olhos, o Senhor nos concede as oportunidades para irmos anunciar Jesus: “os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão: quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo os seus feixes”. É por isso que disse o apóstolo Paulo: “De todos os pecadores eu sou o principal, porque combati a cruz de Cristo”, mas apesar disso “eu não me julgo, e que ninguém me julgue, e nem me importune, isto porque, dos discípulos eu fui o que mais trabalhei, e trago no meu corpo as marcas de Cristo”. Sãos as marcas do sofrimento e das aflições que acabam por se traduzirem em marcas de seu caráter, de sua conduta e do seu amor pelas almas perdidas.
Ao chamar Timóteo para a obra da pregação do Evangelho disse: “Pregue o Evangelho e participe comigo das aflições de Cristo”, cumpre o teu ministério.
Quer ser participante do Evangelho? Então se conscientize que problemas e aflições poderão surgir, mas “tende bom ânimo, porque eu venci o mundo [e nós com Cristo, somos mais que vencedores]”. Portanto, acrescenta Paulo a Timóteo: “Pregue a Palavra a tempo e fora de tempo, instes, redarguas, repreendas”. Se não há tempo para matar, roubar, estuprar, sequestrar, torturar, violar crianças, etc., haverá tempo determinado e local apropriado para propagar as boas novas de salvação? Com sabedoria, pois, aproveitemos as oportunidades e as portas que Deus nos abre para que anunciemos as boas novas de salvação: “Quão bons e formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas da salvação”.
Quando quiseram impedir a Pedro e a Tiago de pregar o Evangelho, disse Pedro: “Pense você mesmo se é justo ouvirmos mais aos homens do que ao nosso Deus? “De forma que não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.
As perseguições fazem parte sim, da missão que temos, porém, “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”, ou “Agindo Deus, quem impedirá?”. Pedro ainda faz a seguinte observação: “Estai preparados para responder com alegria e mansidão (entusiasmo) o porquê de vocês serem tão esperançosos em Cristo”. E sabe por quê? Porque, como disse Paulo: “Eu bem sei em quem tenho crido, e estou certo que é poderoso para guardar o meu depósito até o dia final”. Ou seja, a fé inabalável em Deus, o discernimento espiritual concernente a tudo o que nos acomete, e a certeza de que tudo o que passamos e suportamos se constitui num ajuntar de tesouro no céu que nos garantirá uma coroa de glória, é o que nos faz caminhar com passos largos de vitória em Deus. Sabemos, no entanto, que o mérito é todo de Jesus e que por sua graça somos o que somos: “Não a nós Senhor, não a nós, mas ao Teu nome dá glória!!!
Como o mundo vê o próprio mundo?
Em razão de tanta ganância, tanta ambição, o que temos visto é aquilo que os noticiários exploram de forma irracional na narração de certas desgraças. Aludem aos fatos com tamanho emocionalismo... Às vezes ficamos com a impressão que estão narrando uma partida de futebol. Fica mais ou menos assim: “É você fulano, direto do local do crime onde um pai matou toda a sua família e depois se matou...” ou ainda: “Estamos aqui para relatar mais um caso de pedofilia onde os próprios pais da menina, de forma conivente a violentaram e enfiaram nela mais de trinta agulhas de costura”. “Agora o comandante Dumas, direto do helicóptero nos dá uma vista privilegiada do acidente da carreta que esmagou o motoqueiro e o garupa.”
Estou exagerando? Você sabe que não. Lembremos de outros casos. Aguenta firme. É pai que atira filha pela janela do prédio, filhos recém nascidos jogados no bueiro, filha que espera os pais dormirem para então assassiná-los, crianças mantidas em cativeiro e violentadas durante anos pelo próprio pai com quem teve inclusive filhos (o que resultou até em livro), enfim, casos em que escolas são invadidas por algum maluco disparando rajada de metralhadora matando dezenas, outro que resolve se explodir porque acredita que vai viver com cem virgens no paraíso.  Realmente, é tanta a violência do cotidiano (no mundo inteiro) que o que não falta é “matéria prima” para estes que se dizem jornalistas, mas que são verdadeiros “abutres”, para garantirem seus altos índices de audiência. Torcem para mais um deslizamento de terra, para mais uma enchente, para mais um crime bárbaro e se “deliciam” nas desgraças, por causa do “IBOPE”. E como abutres - creio que esteja fazendo injustiça com o abutre que ao comer restos de carniças prestam um importante papel na cadeia alimentar, e limpeza do ambiente - ficam somente no aguardo de mais uma catástrofe para aí então se esquecerem daquela passada; ou eu estou inventando isso tudo. É triste, mas constatamos, sem cerimônia nenhuma, que a desgraça alheia é inescrupulosamente explorada por estes carniceiros de plantão. Não tem até o “plantão urgente?”. Em seus relatos acalorados a impressão que se dá, é que mais um pouquinho nós estaremos ouvindo estes pseudo-âncoras gritarem: gooooooooooool, este é do maníaco do parque; do pai pedófilo... Eles nem disfarçam, e sabe qual é a justificativa? Que a realidade tem de ser mostrada. E o pior; fitam em direção à câmera, fazem cara de indignados e fingem que se importam.

Sinais dos tempos
Como já disse, relatar estes fatos – e poderíamos nos estender mais ainda nesta direção – torna-se um ato repetitivo para quem pretende iniciar sua prédica, porém, necessária. Temos que nos lembrar (muito embora a imprensa de forma geral não nos permite esquecer) que tudo isso faz parte do mundo de trevas em que vivemos. Não obstante a tudo o que relatamos o que não poderíamos ainda mencionar sobre a fome que assombra 900 milhões de pessoas no mundo inteiro? E sobre a degradação do meio ambiente: a poluição dos mares e do ar, a devastação das florestas o que nos leva a um terrível fim iminente?
Estamos andando sobre ovos nestas questões das guerras entre as nações que ameaçam fabricar suas bombas atômicas e que insistem em seus regimes que pretendem ser autoritários ditatoriais e “nazistas”. E o que não podemos pensar sobre a intolerância de todos os tipos: religiosos, sociais, raciais, étnicos, etc? E ainda no que concerne a proibição da liberdade de expressão? Voltaire (1694 – 1778) disse: Não concordo com tudo o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de poder dizê-lo.
Portanto, diante deste quadro tão depreciativo e real, o que poderemos esperar ou fazer, para que venhamos a obter paz e alegria neste mundo?
Se não há receita há solução
Sabemos que se uma pessoa recita palavras de positivismo, toma atitudes disciplinares e faz exercícios físicos rotineiros que aliviam o organismo, “mente sã, corpo são”, para se buscar equilíbrio que reside no campo da razão, que o mesmo não pode ser dito quanto às dificuldades do espírito. Tudo o que se faz para melhorar o cognoscível é plausível, mas em Isaias 26: 3 está escrito: “Bem aventurado aquele cuja mente (ou propósito) está firme em Ti, porque ele confia em Ti”.
Dispensamos neste trabalho as assim denominadas receitas de sucesso, milagrosas, para a prosperidade ou vida feliz. O que intentamos aqui é lidar com a verdade que liberta e concede paz e vida ao homem que, com regras ou sem, com disciplina ou sem, humanas, poderá encontrar a verdadeira felicidade.
Quando Pilatos perguntou a Jesus: “O que é verdade”, não esperou para ouvir sua declaração. Sabe por quê? Porque a verdade dita não é bem vinda. Alguns dizem: “Não nos diga a verdade e nem as retas palavras de Deus; traga para nós enganadoras lisonjas”. Quando puseram em questão, o apostolado de Paulo, devido à verdade que anunciava, retrucou: “Fiz-me por acaso vosso inimigo falando a verdade?”. É como diz o adágio: a verdade às vezes dói.
Esta verdade, que a filosofia vive colocando em cheque e que é multifacetada, foi muito bem definida por Aristóteles (384 – 322 a.C.), que disse: Filosofia é reflexão sobre tudo. “Quiçá similar definição possa se fazer sobre ‘Verdade’: Verdade é aquilo que é”.
Que beleza de definição. Ou seja, aquilo que “não é”, não é verdade. Um dos três princípios de Parmênides (530 – 460 a.C.) o princípio de identidade diz: “O que é, é, e tudo aquilo que é, não pode, ao mesmo tempo e sob as mesmas circunstâncias ser e não ser aquilo que é”. Exemplo: Eu não posso dizer: este homem é uma mulher, ou, este lápis é uma caneta. Isso contraria a lógica (a de Aristóteles, a matemática e qualquer outra). Eu não posso dizer que ela está meio grávida; ou está ou não está. Também não dá para afirmar que “tá bom, mas tá mau”, como disse outro dia um conhecido. Ou está bom ou está mau.
Por se seguir esta linha de raciocínio é que os travestis não conseguem mudar o seu gênero nos documentos de identidade, mesmo que tenha feito operação de mudança de sexo e tenha ficado “perfeito”. Mesmo se tornando “uma linda mulher”, no documento constará: sexo masculino.

A identidade de Deus
Quando Deus mandou Moisés ir libertar o povo judeu das garras de faraó no Egito, ouviu deste a seguinte pergunta: “Quando eu chegar lá, me perguntarão: Quem te mandou aqui nos libertar? Qual é o seu nome? O que direi àquele povo?” E Deus lhe respondeu: “Dirás a eles que o EU SOU O QUE SOU lhe enviou. EU SOU, é o meu nome”. Ou seja, quando Deus diz isto: “EU SOU”, insinua, ou melhor, declara categoricamente que EU SOU A ÚNICA VERDADE. Tal declaração, incisiva, ecoará nas palavras de Jesus: “EU SOU o caminho a VERDADE e a vida, e ninguém vem ao Pai se não por mim”.  Marilena Chauí (doutora honoris causa em Filosofia pela Universidade de São Paulo, em seu Convite à Filosofia) nos fornece as três significações da palavra “verdade”: em grego, alétheia (Não dissimulado, não disfarçado [não travestido]); em latim, veritas (verdadeiro depoimento daquele que presenciou o ocorrido; testemunho fiel ao fato); em hebraico, emunah (aquele que promete, cumprirá).  Na atual semântica “Verdade” engloba essas três definições, porém, fica claro que somente Deus (diante dessas exigências do verbete) pode ser chamado de VERDADE.
Outro pensador, intelectual e filósofo, Georges Gusdorf (1912 – 2000) disse: “O homem não é aquilo que é, mas é o que não é”. Traduzindo: o homem é o único ser capaz de traçar o seu próprio caminhar. Ratificando, o homem sabe muito bem  o que está fazendo, o bem ou o mal, de forma consciente, e por isso mesmo é capaz de projetar sua própria história.
Deus é a verdade pura, o homem é uma confusão só; não entende os outros e nem a ele mesmo. Jeremias afirmou: “A confusão de rosto pertence a nós”. Disse ainda que “enganoso é o coração do homem e perverso mais que todas as coisas; quem o conhecerá?” Diante dessas asserções “seja todo o homem mentiroso e Deus seja verdadeiro”. Eco a estas palavras são encontradas ainda quando se canta o corinho:
 “Deus não é o homem pra mentir, nem filho do homem pra se arrepender. Se Ele prometeu, Ele há de cumprir, e se Ele falou é certo que fará, pois Deus não é o homem pra mentir e nem filho de homem pra se arrepender”.
A despeito dessas elucidações, o fato é que vivemos num mundo onde todos desejam ser felizes, porém, o mundo não nos parece ser, exatamente, o lugar onde esta tão anelada felicidade possa ser alcançada. Ao invés, o que temos constatado é que este mundo – assim testemunha a História de David Hume (1711 – 1776) - vai de mal a pior. Aliás, esta fala está espelhada nas palavras do livro sagrado, que afirma que “este mundo jaz no maligno”. Hume afirmava que não podemos separar as afirmações filosóficas sem que conheçamos o momento histórico da vida de cada pensador. Foi ele que despertou Immanuel Kant (1724 – 1804) de “seu sono dogmático”. Mas por que estou aludindo Hume agora? Porque este grande filósofo nos estertores fez uma grande e significativa declaração: Os cristãos fazem muito bem em crer na Bíblia, e em seu leito não deixou que lessem para ele nenhum outro livro.
Permita-me um à parte. Não entendo, muitas vezes, por que tantos que se dizem filósofos, cuja tônica é deixar todo tipo de preconceito de lado, ficam irados quando intenta-se amalgamar razão e fé, filosofia e cristianismo. Se aludirmos os filósofos, desde os pré-socráticos até os da contemporaneidade, o que veremos - mormente, obviamente com os da Idade Média, desde a Patrística de Agostinho até a Escolástica de Aquino - é a reflexão que se faz sobre Deus. Ele sempre esteve no centro de todas as subjetividades. Numas delas para se dizer que Ele não existe; noutras para afirmarem por meios filosóficos inclusive, a sua existência. Uns foram levantados para defenderem que Ele é o Espírito Santo (Deus mesmo), outros, para impingir-lhe outros nomes: “Soberano” “Logos” “Demiurgo” “Friturgo” “Absoluto” “Mente Evoluída”, “Ser”, “Uno”, e tantos outros. Na sala de aula onde cursava minha faculdade de Filosofia, quando o assunto se inclinava para Deus; meu Deus! Parecia que a coisa ia terminar em briga; alguns realmente se excediam e iam quase às vias de fato.

Outros que pensaram Deus
Deixando este à parte, porém, referindo-nos ainda a outros importantes comentários de alguns pensadores relevantes, achamos os seguintes:
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) autor de sua obra prima, Émile, publicada em 1726, no quarto tomo do Ensaio afirmou sobre Deus:
Quanto mais me esforço para conjecturar Sua essência infinita, tanto menos a compreendo; mas ela existe e isto me basta; quanto menos entendo tanto mais adoro. Humilho-me dizendo: “Ser de todos os seres, eu existo porque Tu existes; fixar meus pensamentos sobre Ti é subir para a fonte da minha existência. O melhor uso que posso fazer da minha razão é resigná-la diante de Ti; minha mente se deleita, minha fraqueza se regozija ao sentir-me esmagado por Tua grandeza”.
Gostou desta declaração? Mas, veja outra do mesmo Rousseau que parece dar um basta a todo tipo de especulação sobre Deus:
“Deus, não é, em última análise, uma questão apropriada para o argumento ou o debate. Já é conhecido nas profundezas de nosso ser. É perigoso especular; é melhor repousar em Deus”.
O engano do Éden permanece
Todos os truques praticados no Éden permanecem: “Não foi assim que Deus disse: que se comeres do fruto da árvore morrereis? Não morrerão coisa nenhuma; o que ocorre é que Ele sabe que se vocês comerem do fruto, os vossos olhos se abrirão e serão como Ele, e saberão discernir entre o bem e o mal”. Só faltou dizer, e deve ter dito: “dê só uma mordidinha”.
E a história se repete: “dê só um traguinho”; “dê só um golinho”; “dê só uma cheiradinha”; “pula a cerca só uma vezinha”, e por aí vai. Sabe o que diz o ditado: “Porteira que passa um boi, passa uma boiada”. Você já viu algum ladrão parar de roubar depois que roubou a primeira vez e deu certo? Eles continuam até serem pegos. Sai pela primeira vez com a secretária (ou de outra profissão qualquer) e deu certo, ninguém ficou sabendo, sai novamente. A Bíblia afirma que um abismo chama outro abismo, uma desgraça chama outra, e a coisa se torna sem controle. E assim o mal vai se estabelecendo e destruindo vidas, famílias, sociedades, povos e nações.
Temos vivido de utopias num planeta totalmente materialista, desumano, desigual, concorrido, violento, corrupto, onde o que impera é a busca desenfreada pelos “podres poderes” de Caetano Veloso (1942...). Cada um, a qualquer custo, puxa a sardinha para sua brasa; é o tal do pensamento maquiavélico que afirma valer tudo para que a qualquer custo se vença todo tipo de concorrente: o outro empresário, o outro comerciante, o outro pretendente ao cargo, à namorada ou ao namorado, enfim, “concorrente é todo aquele que ameaça pegar tudo aquilo que você também quer possuir”
Contaminados pelo mal, influenciados por ele, e às vezes sem sua influência direta, faz-se o mal. Devido a este mal - que como um câncer é capaz de corroer, é que Deus estabeleceu regras de convivência - os tão conhecidos e ensinados dez mandamentos. O que ocorre, no entanto, é que devido a estes o pecado ganhou sabor nas palavras que afirmam que “o proibido é mais gostoso”. Esta asseveração, porém, que nos soa como aprazível frase de efeito, se constituí, na realidade em grande falácia. É similar ao que ocorre com as propagandas de cerveja que normalmente mostram um céu de marasmo, sonolência, inatividade e melancólica rotina, e, contrastando, apresentam um inferno em ritmo de festa, com belas mulheres, seminuas é claro, música nas alturas deixando a impressão que ninguém é de ninguém. Só que esta fantasia está completamente deturpada e a realidade que a Bíblia nos relata é bem outra.
No inferno bíblico o calor das chamas é muito, muito real. Nele haverá dor e ranger de dentes, aflição incontida, ou seja, muito sofrimento pelo resto da eternidade. O Senhor Jesus, ao anunciar sua mensagem, disse certa feita: “Se vocês não creem em minha mensagem, creiam ao menos pelos sinais incontestáveis que eu executo em vosso meio”. Eu acrescento: Se você não está muito interessado no céu neste momento, busque a Deus ao menos por receio de ir para o inferno. Como disse a princípio, não é minha intenção atrair você mostrando este quadro, mas também, não posso esconder estes fatos, pois o próprio Jesus descreveu diversas vezes na Palavra os dois reinos (o das trevas e o da luz), advertindo inclusive quanto ao fim que está às portas.
Atraídos pelo amor
Para atrair você, ou a mim, Deus usou outra estratégia: Jesus Cristo, isto é, sua morte, ou antes, sua ressurreição. Ele mesmo disse: “Quando o filho do homem for levantado da terra, a todos atrairei a mim”. É Jesus sim quem nos atrai: “Não é por força, nem por violência (estratégias humanas), mas sim pelo Meu Espírito”, contudo, muitas vezes a Sua Palavra nos conclama sobre a real possibilidade de muitos não darem ouvidos à Sua advertência, e por isso mesmo declara: “Contra o Filho ou contra o Pai todo pecado pode ser perdoado, mas o pecado contra o Espírito, este não será perdoado, jamais, nem neste século e nem no vindouro”. Significa que, após ser convencido pelo Espírito que Deus é amor e que quer nos salvar do inferno; não poderá se justificar jamais ou alegar inocência aquele que conheceu o plano salvífico de Deus.
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna”.
A partir desta desconcertante situação espiritual o que fica é a expectativa horrível de juízo. Por quê? Porque a pessoa sabe que será condenada, ou melhor, que já está condenada se não opta por Jesus: “Quem crer e for batizado será salvo, mas, quem não crer já está condenado”.
Sei que muitos não gostam de ouvir assim “na lata” esta verdade, porém, direi como Paulo: “Fiz-me por acaso vosso inimigo falando a verdade?” Sei, estou consciente de que o cheiro de Cristo é cheiro de vida para a vida, para aqueles que querem vida, mas também é cheiro de morte para a morte, para aqueles que amam a morte. Sobre esta questão o Senhor Jesus disse: “Todos aqueles que se afastam de mim, amam a morte”. E não tem outro jeito, pois, “quem comigo não ajunta, espalha”.
Se apesar de todas as advertências contidas na Palavra, se mesmo assim você quiser dar de ombros a estas questões, então só podemos lamentar.
Tendo dito isto, nosso objetivo permanece em desejar que você conheça que estas coisas, mostradas pelas propagandas e pelo mundo, em geral, e sobremaneira endossadas pelos inadvertidos conceitos sobre aquilo que eles chamavam de “cristianismo” na Idade Média, não têm nenhuma relação com o verdadeiro Deus e a verdadeira religião cristã. Mesmo porque, ser cristão, não é pertencer a uma religião (muito embora façamos parte de um ajuntamento onde nos reunimos para adorar a Deus), mas ser cristão, de fato, é possuir a Verdade em nós, é ser aquilo que Deus quer que sejamos. Paulo, ao captar essa intenção do Espírito, afirma: “Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida, que agora vivo, na carne vivo-a na fé, do filho de Deus o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. E você já sabe, a verdade é simplesmente aquilo que é: a verdade é Jesus. Por isso é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que premia, recompensa – impingindo - lhe a Fé – aqueles que O buscam; aqueles que O amam.
Falando sobre fé
Como o título deste opúsculo é justamente Fé Losofia, permita-me abrir um espaço para falarmos um pouquinho sobre fé.
A Bíblia afirma que a fé não vem do homem, é dom de Deus. Não é do homem para que ele não se glorie, porém, pode obtê-la se assim desejar. Diz ainda que é dada pelo ouvir, e pelo ouvir da Palavra de Deus. Àquele que ouve a Palavra - como você está neste momento “ouvindo”, deste livreto -, Deus impinge a fé. Assim fez ele com Abraão, que por ter crido e obedecido ao Senhor (oferecendo seu filho Isaque), recebeu o título de o “pai da fé”. Como se já não bastasse, tal honraria, foi ainda chamado pelo próprio Deus – que de forma teofânica lhe apareceu - de amigo de Deus.
A Bíblia afirma ainda “que sem fé é impossível agradar a Deus”.
No capítulo 11 da carta aos Hebreus, o escritor relaciona nomes e obras daqueles que, se não fosse pela fé, jamais realizariam as obras que realizaram.
Quem de nós construiria um barco num lugar seco, sem nunca ter chovido antes? Não vou me estender sobre o feito daqueles que estão listados neste capítulo 11 de hebreus porque o espaço não nos permite.
Leia a Bíblia, pesquise você mesmo para que tenha uma experiência de intimidade com Ele. Portanto, se “a fé é a firme convicção das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem”, como que alguém, para que creia em Deus, exigirá  vê-Lo? Conhecê-Lo, pela razão? Sem chance. Esta exigência racionalizada é exatamente a atitude que afasta a fé do coração do homem.
Fé, portanto, é acreditar piamente que Deus existe e está em nós - admita ou não a nossa mente.
Para que Deus viva em nós, a condição e esta; crer primeiro, racionalizar depois.  Não existe alternativa. “Fé é ver o invisível”. Quer algo mais filosófico do que esta?
Está disposto a assim proceder, ou será como Tomé?!
Tomé, o dídimo é o perfeito protótipo da Filosofia falida: representa o perfil daquele que deseja colocar a razão antes da fé em Deus. É como diz o adágio, “é querer colocar a carroça na frente dos bois”. É querer ver, entender, apalpar, pela mente (psique), e não pelo espírito (pneuma). Jacques Maritain (1882 – 1973), renomado filósofo católico, entre outros, disse que “a filosofia é escrava da teologia”. Outros dirão o contrário, porém, recolhendo os depoimentos daqueles que buscaram a Deus (como Tomé, racionalmente), e de outros que foram encontrados por Deus, e por isso creram devido à fé neles imputada, não fica a menor dúvida de que “porque você me viu, creu, mas, mais bem aventurados são aqueles que não me viram e creram”, disse Jesus.
Fé, portanto, é simplesmente crer que Deus existe, é estar cônscio de que, se falamos com Ele (oração) nos ouve; se lemos a Sua Palavra, a Bíblia, Ele fala. É crer que está sempre agindo em nossas vidas através de Sua multiforme e graça.
A falta de fé em Deus é o maior mal que encontramos na humanidade. Jesus mesmo disse: “Quando o filho do homem voltar, porventura encontrará fé na terra?”. Disse ainda que devido à multiplicação da iniquidade, que a fé de muitos se esfriaria. E como são verdadeiras estas afirmações de Jesus. Apesar de tanta tecnologia que avança em todos os seguimentos, o pecado reina absoluto. Disse ainda que “Sua volta será como nos dias de Noé: quando os homens, preocupados com sua própria vida, com seus próprios negócios, vendiam e compravam, casavam-se e se davam em casamento, e não repararam o fim iminente; o dilúvio veio, e apenas oito almas foram salvas do poder das águas”. Quis dizer, o amado Mestre, que aqueles dias eram dias de total indiferença às coisas de Deus; que a fé era uma questão totalmente posta de lado na vida das pessoas, não havia nenhuma noção de valor espiritual, todos viviam por viver, se comportavam como verdadeiros “mortos vivos”. Jesus fez alusão a este tipo vegetativo de comportamento quando ao chamar um jovem ouviu: “Deixa que vá primeiro enterrar o meu pai e então lhe seguirei”. Sabe qual foi a resposta do Senhor? “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos, venha e siga-me”. Percebeu? Deixa que aqueles que pensam que estão vivos enterrem aquele que está morto de fato. Ao perceberem que a chuva não cessava; que as águas subiam velozmente e que o fim era chegado, desesperados batiam à porta da arca, mas o Senhor havia fechado por fora, talvez para que Noé não a abrisse, ou ainda porque, se “a porta que Deus abre ninguém fecha, da mesma forma, a porta que Deus fecha ninguém abre”.

A última oportunidade
Com toda certeza, quando Noé construía a arca, zombavam dele. Estima-se que a construção daquela “obra” demorou  120 anos. Muito embora alguns discordem deste tempo, o que se sabe ao certo, é que uma construção deste porte não foi executada do dia para noite, já que não havia nenhum tipo de tecnologia. O que aconteceu? “Porque zombaram dos mensageiros do Senhor e mofaram dos seus profetas, nenhum remédio mais houve; o Senhor destruiu a todos eles”. A Bíblia diz que de Deus ninguém zomba. Hoje somos (os crentes em Jesus) alvos de muitas zombarias. Paulo afirma que “a nós apóstolos, Deus nos colocou por últimos. Somos feitos espetáculo ao mundo e até o presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo e como a escória de todos”. Tal afirmação soa como eco às palavras de Jesus que disse: “Virá tempo em que aquele que matar um de vocês achará ainda que estará fazendo um favor a Deus”.
 Quantos que, talvez inconscientemente, zombando dizem: meu negócio é dinheiro, mulher e cachaça; quero ir para o inferno mesmo, porque o céu é muito monótono. Estes, diz Judas, são como ondas que espumam as suas próprias abominações, são nuvens sem água, são como porcas lavadas que voltam ao chiqueiro depois de limpos, são como cães que vomitam e lambem seu próprio vômito. A figura é forte, mas é bíblica. São assim considerados justamente porque desprezam os alertas que estão sendo dados, não somente pela Igreja nas pregações, não somente por livros como este que você está lendo e cujo Espírito ainda resiste até que do meio seja tirado, mas, a própria Natureza tem clamado esperando a manifestação dos filhos de Deus.
Os sinais estão aí: guerras e rumores de guerras; fome, tempestade (aquecimento global, degelo da imensidão gelada dos pólos ameaçando aumentar drasticamente o nível dos mares, o que fará muitas regiões baixas simplesmente desaparecerem), e ainda, frio no verão, calor no inverno, enchente onde nunca choveu e seca onde sempre choveu. Como sinais dos fins dos tempos vaticinados por Jesus em Mateus 24, somam-se os conflitos religiosos, a forte tendência ao ecumenismo, tão repudiado pela Bíblia, e outros tantos sinais. Contra o ecumenismo, afirma:  “Que sociedade há entre luz e trevas? Que união pode haver entre o doce e o amargo? E, como andarão dois juntos de não estiverem de acordo? Como poderá o barco navegar seguro se os remadores remam sem sincronia?”.  NÃO TEM JEITO.
Neste mundo tão caótico, a verdade é que temos esperança de sermos felizes. A felicidade sempre foi um dos principais temas explorados pela Filosofia.
Os estóicos e epicureus (mencionados na Bíblia) abordaram o tema “felicidade”, e segundo eles Deus seria um estorvo à “verdadeira felicidade”. O estoicismo é uma doutrina filosófica fundada por Zenão de Cítio, que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estóicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este lógos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia").
O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a serenidade perante as tragédias e coisas boas.
Consiste ainda, seus ensinos, em afirmar que a busca da felicidade – e seu alcance – se dará quando o indivíduo conseguir adequar sua vida à Natureza. Ou seja, se coloco diante de você um copo de água e um copo de veneno, que escolha fará? Neste exemplo fica evidenciada a escolha que se deve fazer pois sabemos que nosso organismo só se decedentará com água e não com veneno. Não nos resta outra escolha, neste exemplo, e não relutaremos, não reclamaremos, pois a água está alí, ao nosso alcance. Não se conjecturará se ela existe ou não; não se racionalizará sobre o benefício que ela me trará... Se estou com sede, vou tomá-la.
Sobre esta escolha, aliás, lembro-me de um poema de José Paulo Paes (1926 – 1998), que em relação àquilo que as pessoas necessitam fazer, para que possam alcançar seus êxitos, mas não o fazem, escreve:
A torneira fechada
(Mas pior: a falta de sede)
A luz apagada
(Mas pior: o gosto pelo escuro)
A porta fechada
(Mas pior: a chave por dentro).

Captou a mensagem?
Resumindo, o que ele ressalta é a indiferença como principal causa do fracasso humano. Pior que errar é não fazer nenhum esforço no sentido de acertar. Contam até uma piada sobre os baianos (é claro que é só uma piada). Diz que alguém chega no balcão da mercearia e pede uma lata de óleo e o atendente baiano diz que não tem. A pessoa retruca e diz: estou vendo ali em cima na prateleira, ao que responde o vendedor: mas tá lá em...cima.
O pior de tudo é que esta piada acaba por ser uma desconcertante verdade em relação a muitas pessoas, mormente no que se refere a Deus: “Mas no último dia da festa, Jesus pondo-se em pé em cima da mesa disse: eu sou a fonte das águas vivas, quem tiver sede venha a mim e beba, e essas águas farão nele uma fonte de vida que jorra para a vida eterna, e essas águas jorrarão de seu ventre”. Quando a mulher samaritana tirava água do poço, Jesus disse: “Dá-me de beber mulher. Ela disse: Como você sendo judeu pede água a mim, mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos). Mas Jesus lhe respondeu: Mulher se você soubesse quem é que fala contigo e te pede água, você mesmo pediria e se lhe daria água viva e você jamais sentiria sede. Ela respondeu: mas o poço é fundo Senhor e não tem com que tirar. Mas Jesus disse claramente: Eu sou a fonte das águas vivas, e todo aquele que beber da água que eu der, jamais sentirá sede. Ao que ela respondeu: Senhor, dá-me sempre desta água”.

A falta de vontadade de ir às reuniões, de ir à Igreja, têm sido retratado como esta total falta de sede pelas coisas do alto. Não se deseja Deus, somente as suas bençãos. As desculpas são sempre as mesmas: Se der eu vou. Hoje não dá porque está muito frio, amanhã porque estou cansado, depois de amanhã, porque não estou a fim. Que coisa terrível! Falamos de Deus, apresentamos Sua Palavra, mencionamos os textos bíblicos, mas não há interesse: “Por causa do seu orgulho o ímpio não investiga, todas as suas cogitações são: não há Deus.” Ímpio é todo aquele que se constitui inimigo de Deus.
Esta falta de interesse é causada, muitas vezes, por setas demoníacas, mas se houver o desejo de se obter este interesse, até isto o Senhor fará: colocará em nós, tanto o desejo de querer, como o de realizar. Se dissermos em oração (falando com Deus): Senhor a verdade é que não tenho nenhum interesse de Te conhecer, mas quero ter, quero sentir prazer em ir aos cultos ou às reuniões nos lares, portanto, ó Senhor, coloca em mim, em nome de Jesus, este ardente desejo de saber mais sobre Ti, de adorá-Lo, então pode esperar que Ele assim fará.
 
Outro engodo
Os epicureus, que vieram depois - corrente filosófica fundada por volta do ano 300 a.C. por Epicuro (341 – 270 a.C) - eram adeptos do atomismo de Demócrito e aderiram ao materialismo em seu mais alto grau: tudo é formado pelos acidentes dos átomos.  Se a alma é átomo conglomerado, então não morre; se desfaz no cosmo. Então por que temer a morte? Temos uma única vida e quando a morte chega não estamos mais aqui. Se não há vida após a morte, não devemos temer nem a Deus e nem o juízo final, mesmo porque não há outro lugar para ir. Possuímos então uma única vida (afirmam os epicureus), por isso faça dela tudo o que quiser fazer, para se atingir o supremo bem: o prazer total.
Percebe os engodos? Deus não é Criador, Juiz ou Todo Poderoso Deus, é apenas uma mente elevada, ou nada é. Não é isto que a Bíblia afirma: “É dado ao homem o direito de morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo final”. Pois é, afirma que o homem morre; que será julgado e que irá para o céu de Deus ou o inferno onde estarão juntos o falso profeta, a besta e Satanás, bem como todos os seus seguidores e adeptos.
Entre a cruz e a espada
O homem tem de realizar suas escolhas a todo momento: “Multidões, multidões, no vale da decisão, porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão”.
Uma das escolhas propostas na Palavra de Deus é: “Eis que coloco diante de ti o caminho da vida e o caminho da morte”. Diante desta proposta a escolha fica aparentemente muito simples. Em sã consciência, qualquer pessoa que esteja com uma arma apontada para sua cabeça, e que pode escolher entre viver ou morrer, dirá: quero viver. Não obstante, quando esta mesma proposta é realizada no âmbito do mundo espiritual, em primeiro lugar é necessário que entendamos o que é “caminho da vida” e o que significa “caminho da morte”. Seria facil de escolher a vida, se esta se nos apresentasse de forma colorida, linda e bela, porém: “ olhando nós para Ele nenhuma beleza viámos Nele para que o desejássemos, homens de dores, experimentado em trabalhos, Dele desviávamos o rosto...”. Percebeu?
O caminho da vida é Jesus, pois “Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida”, por isso,  falar dele, anunciá-Lo como sendo único intermediador entre Deus e o homem acaba por provocar um  grande desconforto em muita gente; sem beleza, sem colorido. Neste momento muitos estendem a mão resistindo e disparam: já tenho religião. Como há muitas igrejas que escravizam seus membros impondo costumes e regras impossíveis de serem cumpridas, o que fica, para estes que estão de fora, é um verdadeiro repúdio. Claramente ficam receiosos de se envolverem com um credo que lhes tirará a sua pseudoliberdade: aparece diante deles como algo feio e malcheiroso.  Por não compreenderem que esta não é uma prática que predomina em todas as igrejas, veem a religião cristã como algo sem atrativos.
Essas conclusões precipitadas, porém, deverão ser afastadas a partir do momento que as relações entre Jesus e o prosélito se estreitarem. Ou seja, para que conheçamos de fato alguém, é necessário que haja um namoro, uma aproximação, um franco diálogo. Quantas vezes já não aconteceu de não termos uma boa impressão daquela pessoa a princípio, mas depois, convivendo no dia a dia, passamos a admirá-la? O que ocorre é que foi dada uma oportunidade de convivência, oportunidade esta que, não muitos, querem dar a Jesus Cristo.
Deus é o que é.
A Bíblia afirma de forma categórica que Deus é real, e é por isso que “é necessário que todo aquele que se aproxima de Deus, creia que Ele existe...”, e a condenação reside exatamente neste fator: que Ele veio ao mundo para buscar e salvar aqueles que se haviam perdido, mas rejeitaram-No: “Veio para os seus, mas os seus não O receberam, mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome”.  E continuou: “E a condenação é esta: eles amaram mais as trevas [e preferiram mais as trevas] que a luz, e isto porque as suas obras eram más”. No entanto, em seu contexto hermenêutico afirma: Não há nada que seja feito às ocultas que não há de ser descoberto; nada que tenha sido realizado (ou dito, etc.) às escondidas que não venha a ser declarado dos telhados.
O salmista mesmo declarou: “Senhor para onde irei da tua presença; se subir aos céus Tu aí estás, se descer às profundezas, Tu ali estás também, se fizer no Seol a minha cama, ali me encontrarás”.
A vitória prometida

Nas sete cartas dirigidas às igrejas do apocalipse, o Senhor Jesus, após comentar o perfil de cada uma delas, dá promessas aos perseverantes: a todos os que vencerem:
Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da arvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus. (Ap 2; 7);
Ao que vencer, não receberá o dano da segunda morte. (Ap 2: 11);
Ao que vencer, darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe. (Ap 2: 17);
E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações. E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manhã.  (Ap 2: 26 – 28);
Ao que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante do meu Pai e diante dos anjos. (Ap. 3: 5).
Ao que vencer eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, e também o meu novo nome. (Ap 3: 12);
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. (Ap 3: 21).
As trevas vivem perseguindo a luz, contudo, não podem prevalecer contra ela. Como uma gigantesca onda, o inimigo vem para perseguir a Igreja de Jesus, com o fim de parar sua carreira; sabemos, no entanto, que as portas do inferno nunca hão de prevalecer contra ela:
“Então a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher (a Igreja) água como um rio, a fim de que ela fosse arrebatada pela corrente. Mas a terra (Deus sempre dá o escape) ajudou a mulher, abrindo a sua boca e engolindo o rio que o dragão lançara da sua boca”. (Ap 12: 15-16)
Quem crê em Jesus já passou da morte para vida e em esperança já é salvo, pela fé, isto é, todos os que já receberam a Jesus como Seu único e suficiente salvador:
“Portanto, se fostes ressuscitados com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”. (Colossenses 3: 1-2).
É claro que, ainda, por mais um pouquinho de tempo, enquanto não chegar o dia estaremos sujeitos a este corpo contaminado, porém, devemos guardá-lo para o Senhor em santificação e honra, para que através dele possamos glorificar a Deus. Destarte, devem os viciados e todos aqueles que de alguma forma usam indevidamente TEo seu corpo, recorrer ao Espírito Santo para que seja por Ele liberto e controlado. Esse corpo (invólucro da alma) é a semente através da qual o Senhor fará ressurgir o novo e incorruptível corpo naquele dia:
“Mas alguém dirá: Como ressurgirão os mortos? E, com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias, não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo (por exemplo) ou de qualquer outra semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo” (I Co 15: 35-38).









QUER TOMAR AGORA A MAIS IMPORTANTE DECISÃO DE TODA A SUA VIDA?

Se você quer se decidir por Jesus Cristo agora, aí mesmo onde você está; se deseja Jesus como Seu único e suficiente Salvador e Senhor, repita esta oração - de preferência em voz audível - e marque este dia, que será, para sempre, o mais importante da sua vida:

Senhor Deus, me apresento neste momento diante de Ti, para te pedir perdão por todos os meus pecados; me arrependo de os ter cometido. Confesso com a minha boca, e creio em meu coração que o Senhor Jesus morreu para me salvar, porém, que ressuscitou dos mortos e está vivo à destra de Deus Pai. A partir deste exato momento, pela fé que o Senhor mesmo me dá, fico na certeza de que se morrer agora, que hoje mesmo estarei com o Senhor no Paraíso, e que a eternidade com DEUS, é o meu destino final, eternidade esta a qual pertenço, desde já, deste dia que se chama Hoje. Faço esta oração em nome do Senhor Jesus, Amém!
Seja bem vindo à família de Deus.

 “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz” (Rm 13; 12)

 “Sabemos que toda a criação geme como se estivesse com dores de parto até agora. Não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Pois nesta esperança somos salvos...”
(Rm 8: 22-24)


MANDE NOTÍCIAS
Leitor (a) querido (a), você viu que me esforcei para não falar nada de mim mesmo, quando não citei a Bíblia, citei autores que a citaram, de forma que não há aqui uma particular interpretação.
Não são poucos, aqueles que têm afirmado que receberam uma nova revelação especial, direta dos céus, um novo “evangelho”, ou (e este é um absurdo ainda maior), que o Antigo Testamento não deve ser considerado, afirmando que o Deus do Antigo não é o mesmo do Novo Testamento. Enfim, muitas são as distorções que são lançadas, pelo diabo, para confundir – tirar o foco dos retos caminhos do Senhor. Não se deixe enganar...

Leia a Bíblia e procure uma Igreja

Procure por uma igreja evangélica perto de sua casa, e comece a ler a Palavra de Deus. Priorize os Evangelhos – que são os ensinamentos de Jesus –, contudo, repetimos, toda a Bíblia é a Palavra de Deus – os seus sessenta e seis livros.
Cuidado com aquelas igrejas que são puro comércio - que querem fazer negócio de vós - e com desvios mil, e muitas impontualidades teológicas.
Minha oração – eu sei que Deus me atenderá neste pedido – é que você seja encaminhado àquela Igreja que Ele mesmo, pelo Seu Espírito, já tem preparado desde a fundação do mundo.
Muito cuidado...  Glória a Deus.    


Pr. Nelson de Castro Rodrigues
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